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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Jogos Cognitivos: Corpo e mente ativos



Os jogos cognitivos também ajudam a socialização dos idosos, pois em muitos grupos terapêuticos utilizamos os jogos como intervenção.


Hoje é comemorado o Dia Internacional do Idoso, ocasião boa para lembrar que nunca em nenhum momento da história foi tão favorável envelhecer. Há 50 anos por exemplo os centenários é praticamente "lendas", hoje muito centenários gozam de boas condições físicas e mentais, praticam exercícios físicos, viajam, curtem a família e até mesmo trabalham e estudam.
"Envelhecemos o tempo todo". Essa frase merece uma reflexão quando analisamos a trajetória que um jovem, um adulto ou até mesmo um idoso irá percorrer ao longo da vida.
Sempre que abordamos a palavra envelhecimento, ela nos remete aos idosos. Mas segundo a uma linha da gerontologia, o envelhecimento inicia quando o óvulo é fecundado pelo espermatozoide. Desse momento em diante é dada a largada para o envelhecimento. O ciclo de vida dos seres humanos inicia no momento da concepção e termina com a sua morte. Porém, entre esses dois momentos, muita coisa pode acontecer. Sabemos que o estilo de vida pode aumentar a longevidade. Hábitos saudáveis como prática de exercícios físicos, alimentação saudável, boa qualidade de sono, não fumar etc... corroboram para tornar nossa vida mais longeva.
Atualmente, caminhamos para o posto de sexto país com maior população idosa do mundo. É comum cada dia mais encontrarmos idosos em papel participativo em nossa sociedade. Antes idoso era sinônimo de pijama, ou seja, a pessoa envelhecia e ficava em casa sem fazer nada. Hoje muitos idosos trabalham, estudam, passeiam, cuidam dos netos, frequentam academia e namoram.
Mas o que podemos fazer para melhorar nossa qualidade de vida nesta fase da vida?
Bem os estudos comprovam que a prática regular de exercícios físicos pelo menos três vezes por semana, com 30 minutos por sessão, ajudam na melhoria e manutenção de uma boa capacidade funcional, autonomia e independência.
Assim como os exercícios cognitivos ajudam na melhoria e manutenção, por exemplo, de uma boa memória e atenção. Um bom exemplo dos exercícios cognitivos são os jogos. O jogo representa uma atividade lúdica que é capaz de proporcionar melhoria em todas as faixas etárias.
Os jogos ajudam-nos a ativar diversas áreas do cérebro, com isso ajudando na melhoria da qualidade de vida dos idosos.
Os jogos cognitivos também ajudam a socialização dos idosos, pois em muitos grupos terapêuticos utilizamos os jogos como intervenção.
O jogo também pode ajudar a aproximar a família e facilita o contato intergeracional. Quem não gostaria de jogar com os netos e demais membros da família?
Nunca paramos e de jogar e aprender! Vamos jogar?
Anderson Amaral é gerontólogo e autor do livro 'Jogos Cognitivos'

Fonte: https://odia.ig.com.br/opiniao/2018/09/5579474-anderson-amaral-corpo-e-mente-ativos.html?fbclid=IwAR3f7ML4BULYCxZZqkBVt-PcxdNulKuMvwLt2ZCiOmLeo3RSvw92fFJHSL8

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS COGNITIVOS PARA IDOSOS - JULIANA OHY



A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS COGNITIVOS PARA IDOSOS - PSICÓLOGA JULIANA OHY








Com o envelhecimento populacional, sentimos a necessidade de aprimorar os recursos para que este seja um processo ativo e saudável. 

Em primeiro lugar, devemos escapar das armadilhas que o pensamento de massa promove todos os dias: “Envelhecer é ruim”, “A palavra velho é agressiva”, “A velhice é o fim da vida e por isso não há nada a fazer”, “Ele já é idoso, tadinho”. 

Essas frases, atualmente, soam piegas. É preciso acompanhar o avanço da medicina e da sociedade:

Hoje, a população é formada por 12,5% de idosos no Brasil – segundo o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento. Até a metade do século, esse número deve alcançar 30%, o que já permite que nos consideremos uma nação envelhecida.

Idosos devem permanecer ativos, funcionais e com autonomia para alcançarem um nível de qualidade de vida satisfatória. 

Os jogos cognitivos podem manter, reabilitar e até desenvolver novas habilidades cerebrais nos idosos. Por isso, esse artigo traz as ferramentas principais para que sejam cada vez mais implementadas técnicas de estimulação e reabilitação cognitiva.

Vamos entender as 5 principais razões para utilizarmos o jogos com os idosos:

Propiciar a socialização

O isolamento e a solidão são muito frequentes na velhice, o que gera, muitas vezes, doenças emocionais como a depressão.  O idoso nem sempre é ‘bem vindo’no ambiente familiar ou social, sendo reprimido ou excluído por apresentar uma velocidade de pensamento mais lentificada ou outra limitação decorrente da idade. Propor jogos aos idosos é garantir que possam interagir em grupo, compartilhar habilidades e dificuldades e construírem um lugar de comunicação e socialização. Muitos jogos só são possíveis se forem realizados em pequenos grupos. Estabelecer e respeitar as regras, planejar estratégias e buscar um resultado em conjunto motiva o idoso a estar naquele ambiente e a conviver com outros iguais. 

Melhorar a qualidade de vida

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), qualidade de vida indica o nível das condições básicas e suplementares do ser humano. Estas condições envolvem desde o bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, os relacionamentos sociais, como família e amigos, e também a saúde, a educação e outros parâmetros que afetam a vida humana.
Os jogos representam uma atividade lúdica que é capaz de alcançar todas essas condições listadas acima. Nenhum ser humano pode ter qualidade de vida sem que esteja minimamente satisfeito com sua rotina e sua saúde. A ludicidade que o jogo alcança traz embutida em si, o entretenimento e a diversão, que podem diminuir o estresse, a preocupação e proporcionar prazer.

Aumentar a capacidade de solucionar problemas e tomar decisões

Nos jogos de estratégias, ativamos no cérebro uma área que é responsável pelas funções de execução. Essa área é extremamente complexa no que diz respeito ao funcionamento cerebral; é ela que possibilita que nós tenhamos a habilidade em solucionar problemas, armar estratégias, tomar decisões e iniciativas no nosso dia-a-dia, profissionalmente, no ambiente familiar, social e diante de jogos também. Essa área é a principal responsável por nossa autonomia e funcionalidade.
Essas habilidades complexas, com o passar dos anos, na velhice e, principalmente, em doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, vão se deteriorando. Isso porque temos a tendência a perder as habilidades cerebrais mais complexas primeiro quando falamos de envelhecimento cerebral.
Assim, sabendo que ao jogar com estratégias podemos exercitar essa área e mantê-la por mais tempo ativa e funcional, por que não fazê-lo? 

Melhorar a memória e a atenção

A memória e a atenção são aliadas quando falamos em funções cerebrais. Quando uma está falhando, a outra certamente irá apresentar sintomas não muito bons também. Portanto, se o objetivo é melhorar a memória, um jogo em que você deve sustentar sua atenção vai trabalhar indiretamente com a sua memória e vice-e-versa.
Qualquer jogo que estimule essas funções, possibilita que o cérebro esteja constantemente ativo e, a longo prazo, impede que o mesmo não “enferruje”.  

Resgatar o afeto e o vínculo

Um dos maiores ingredientes da saúde mental e emocional dos seres humanos chama-se afeto. Somos movidos por tudo aquilo que nos causa um impacto afetivo, que nos afeta verdadeiramente. Quando nos afetamos com determinada situação ou pessoa, abrimos um elo de vinculação. 
Nosso cérebro, nosso corpo, nossas emoções necessitam de afeto e os jogos podem ser um incrível instrumento para distribuirmos esse ingrediente para os idosos. Quando conseguimos, através de um jogo, permitir que esses idosos sorriam, brinquem, comemorem, interajam, estamos dando a eles a possibildade de se vincularem e resgatarem a energia vital que existe dentro de cada um.

Os jogos podem ser criados e planejados de acordo com o perfil de cada grupo de idosos. O importante é que seja lúdico, agradável e desafiador, pensando nessa população específica como mais uma etapa de vida e não simplesmente como o fim. 


Juliana Ohy
Psicóloga e Arteterapeuta – CRP:05/36556

Autora do Livro Jogos Cognitivos: uma olhar multidisciplinar

Coordenadora da Clínica Synapse Geriatria e Estimulação Cognitiva: Atende adultos e idosos, com  atendimento em grupo para oferecer mais autonomia, dignidade, interação social e estímulo das áreas do cérebro conforme a necessidade individual, além do atendimento médico clínico e de psicologia individual.

Email: julianaohy@gmail.com
Site: www.julianaohy.com.br
Celular/WhatsApp: (21)984881241


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